sábado, 18 de agosto de 2012

ATROPELANDO PÁSSAROS

E assim, transformou
o impulso de querer voar em arte...
Tatuou marcas na pele
e carmim no peito
depois de esculpir 
contornos desenhados
minuciosamente à mão...
E viveu com o peito aberto
pra não explodir 
e espalhar seus exageros ...
E foi assim...
Misto ébrio de esculturas
De cores todas e artes mil...
E beirou o abismo breu
pela mania de céu de anil ...
E foi assim...
Depois saiu por aí
atropelando pássaros
em delírio de artista febril...


segunda-feira, 2 de julho de 2012

ESTIO


Quero estiagem interrompida,
Tempestade louca no deserto...
Mas sou covardia de seca no sertão,
Provocando morte no meu coração.
Sou falência múltipla de sonhos,
amnésia de solidão,
sou caos e embaraço,
sou dúvida e indecisão...
Sou vontade escancarada
depois perda e frustração...
Sou nada,
sou solo seco...
Incerteza, sou solidão...


sábado, 28 de abril de 2012

PALAVRA PROFANADA


Espelho quebrado
Em mil reflexos ,
Distorcendo a visão míope
Do que já não era certeza.
Não sei se vejo,
Se vejo não sei...
Caminho ofuscada
Pela palavra profanada
Que um dia fizemos nascer,
Parida na mentira de mãos e olhos
E do som da voz de promessa
Da voz cúmplice sacramentada em nós...
Segredável...
Aqui, 
Jaz a poesia da promessa imaculada...
Não sei se tenho...
Se tenho não sei.
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