
...rasgando caixa frágil de memórias,
brincando de roda,
cantando da infância as histórias.
Canta menina,
canta que eu ouço,
e te espero à noite no portão.
Canta a música de pai,
Canta o encanto feiticeiro de filha.
E embriagada dessa nostalgia
faz dormir a mulher que,
assim embalada, desperta-se de novo em menina...
E ela brinca, e é dona de felicidades
Ouvindo e dançando a música
que despedaça e espalha
com seus passos
em mil compassos de ninar
por entre ouvidos descrentes de magias.
E o canto de pai,
namorado de portão,
que fazia da menina a mulher,
hoje traz
para a mulher, a menina,
que rodopia tresloucada de emoções
e sabe bem ouvir os recados desses barulhinhos
vindos de dentro de corações...