sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

LARANJA - Maria Gadu



"Se quer tamanho eu vou despir a alma..."

HOJE...

 31.12.2010
 Último dia do ano...
Tantas expectativas com relação ao NOVO ANO... Gostaria que fossem as mesmas com relação ao NOVO SER HUMANO...
                      Quantas mesquinharias precisamos enterrar junto como ano que se encerra? Tenho vivido tristes experiências por causa da mesquinharia humana... E como não sei me calar, pago caro por isso. Mas prefiro assim.
                      Definitivamente não existe um NOVO ANO se não está disposto a ser um NOVO HOMEM... Se as mudanças e reflexões não fazem parte dos seus planos para 2011 ele será apenas mais um número em sua vida... Como a sua idade, a sua carteira de identidade, o seu CPF, as contas do mês, blablabla...blablabla...Conversa pura...
                      O que você quer ou precisa mudar HOJE?
                      Não quero fazer uma lista aqui de tudo que perdemos por sermos mesquinhos... Repense a sua vida.Você sabe!
                      Cuide de você para que possa olhar em volta e descobrir que sozinho é impossível... A magia é saber fortalecer os laços que têm a fragilidade como essência...   Diria que é o SEGREDO. O que você quer?
                    FELIZ HOJE...FELIZ TODO DIA...FELIZ 2011...
                                           FELIZ, SEMPRE...                    
                   
Hoje, eu quero a ROSA mais linda que houver,
e a primeira ESTRELA que vier...

Hoje, eu quero
PAZ de criança dormindo
e abandono de FLORES se abrindo...

Quero a ALEGRIA de um barco voltando
quero TERNURA de mãos se encontrando...

Ah! eu quero o AMOR,
o amor mais profundo,
eu quero toda a BELEZA do mundo...

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

FRESTA

Sai...
Vai embora.
E fecha a porta.
Não. Deixa.
Deixa uma fresta por onde
Eu possa ver-te indo,
E por onde possam entrar
As estrelas e as borboletas.
Assim, continuarei iluminada
E grávida de sonhos.
E assim, as borboletas enfeitarão
 o meu quarto  mudo de cores.
E assim, mudarei os tons pálidos do meu rosto
Pelo carmim do beijo doce
E pelo azul dos teus olhos
E do céu de ontem.
E esperarei dias, meses, anos
Pelos novos sonhos que virão.
E depois dos sonhos paridos
Esperarei de novo...
Eu, as estrelas e as borboletas.
Esperarei que a porta se abra novamente
E que os sonhos novos,
Um a um,
Gêmeos da luz e da liberdade
Paridos entre estrelas e borboletas
Comecem a renovar-me:
Reluzente alada...
Carla Stopa

AVALIAÇÃO

         De acordo com Rosa Maria Hessel Silveira,
mesmo nos moldes das novas pedagogias,
tão marcadas pelas teorias psicológicas,
AVALIAÇÃO não deixa de ser um dos principais
motores da vida escolar, e algumas des-
sas mais recentes inspirações
avaliativas – que têm florescido
na educação infantil e nos anos ini-
ciais de escolaridade,  inclusive no ensino superior (grifo meu), não passam
incólumes pelo traço de Tonucci.
No seu cartum intitulado "A
avalliação", que se tornou bastante
conhecido por ter sido utilizado
em uma questão de um
Provão de
Pedagogia do Ministério de Educa-
ção e Cultura, a professora também
escreve breves frases descritivas de
seus alunos – Luis é vivo demais /
Ana é desorganizada / Pierre é
abúlico / Henrique é deficiente /
Carlos é temperamental / Luísa é
tímida demais  /  Maria é mal-
educada – para concluir com Só José
é normal.
     A leitura das imagens dos
alunos descritos e da professora in-
dica que José e a professora são se-
melhantes, o que sugere o quanto
de busca do próprio espelho pode
estar implícito em pareceres escritos
e impressionísticos das novas avali-
ações formativas ou somativas...
     Vivenciar os problemas da AVALIAÇÃO, no período em que se encerra o ano letivo, é trágico, se não fosse cômico...kkkkkkkkk
     Brincadeiras à parte, qualquer pessoa, mais ou menos informada, sabe e percebe a emergência de se repensar também a AVALIAÇÃO dentro das instituições que se dizem "educacionais"...
     É um processo e não um fim...E exige muita, muita responsabilidade de professores, pais e alunos também. Aliás, de toda comunidade escolar.
     Mas...
...SE MUITOS PROFESSORES FINGEM QUE ENSINAM, NOSSOS ALUNOS PODEM CONTINUAR FINGINDO QUE APRENDEM...
(Seria muito mais fácil!!!)
 Se nossas consciências não fizessem tanto barulho!!!...kkkkkkkkkkk

Ah! Francesco Tonucci é um autor italiano, que, embora não trabalhe com personagens individualmente caracterizados e nomeados, nos traz em sua obra Com olhos de criança um notável e desconcertante painel do mundo infantil em suas relações com o mundo adulto.



terça-feira, 28 de dezembro de 2010

J’ACUSE !!!

Recebi esse texto da minha amiga Ediluce, cúmplice de todas as horas,  e não poderia jamais deixar de divulgar, primeiro pela minha indignação com relação ao fato, segundo porque creio que passou da hora de repensarmos a EDUCAÇÃO SIM...
     É um pouco longo, mas vale a reflexão. Carla Stopa
J’ACUSE !!!
(Eu acuso !)
(Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)
« Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice.
(Émile Zola)
Meu dever é falar, não quero ser cúmplice. (…)
(Émile Zola)
     Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que… estudar!).
     A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro.
     O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.
     Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência supostamente democrática.
     No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando…
     E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar `tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser `crítico’.”
     Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno–cliente…
Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”.
     Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.
     Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal a o autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:
EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos,equiparando certo ao errado e vice-versa;
EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;
EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;
EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;
EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;
EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;
EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;
EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;
EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;
EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma ” nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;
EU ACUSO os “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito,
EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;
EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição.
EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;
EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;
     Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos -clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados,tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia. Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”.
     A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”
     Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.
Igor Pantuzza Wildmann
Advogado – Doutor em Direito
Professor universitário.

DESUMANAS

         Brinco muito com meus amigos do EXATAS sobre a insensibilidade "masculina"... Miro, meu coordenador, que o diga. Mas é só brincadeira mesmo... Isso porque confirmo, dia após dia e com muito pesar, que o problema não é só com o sexo masculino, mas do ser humano em geral.
         Frederico Morais, crítico literário, fala sobre a crise de dessensibilização humana que vivemos em A arte para pequeno e grande número. Homens e Mulheres vivem um completo vazio de sentimentos ou uma espécie de confusão geral, distorção clara de valores.
        De fato, o indivíduo se sente ameaçado no seu ser mais íntimo, no seu ser sensível. E o que mais assusta nesse processo de dessensibilização  é que ele se tornou um fenômeno tão cotidiano de corrosão das bases da vida, a todo momento, em todas as idades, em todos os níveis, que ninguém mais presta atenção nele. Onde foi que erramos? Onde perdemos o fio desse meada?
        O caso do professor de educação física Kassio Vinícius Castro Gomes, 39 anos, é um exemplo claro do que vivemos... O motivo para assassinato: uma nota baixa tirada em uma prova...
        Não foi por acaso que dei um exemplo no campo da EDUCAÇÃO. Porque acredito que é aqui que temos errado...É aqui que temos perdido o fio da nossa meada.
        As Ciências EXATAS e BIOLÓGICAS se desenvolveram magnificamente. Clona-se seres vivos e as esperanças de cura se renovam com o desenvolvimento das  pesquisas com células-tronco, monumentos são construídos com exatidão em todas as partes do mundo...
        E as HUMANAS? Ciências que se preocupam com questões como ética e filosofia? Ficaram onde? Ficaram ali. Atrofiadas.
         É essa a nossa crise. Estamos todos mais grotescos, mais rudes, mais estúpidos, mais egoístas. Somos bem informados, mas ignorantes. Temos GPS, mas dirigimos como trogloditas neuróticos e não conseguimos chegar ao coração das pessoas. Viajamos pelo mundo inteiro, mas temos preguiça de procurar o lixo mais próximo para jogar o papelzinho da bala. Usamos o próximo para satisfazer os nossos desejos mais sórdidos, enquanto for conveniente, depois descartamos, como lixo e não somos capazes de enfrentar a nossa solitude pois ela nos desmascara a todos...
         Não, não é coisa do "demo" não. Nem a prova definitiva de que o projeto "ser humano" não deu certo.  É simplesmente a constatação da falta de atenção dada às ciências HUMANAS, justamente aquelas mais sutis que não dependem das equações, que não se baseiam nas medições matemáticas nem podem ser testadas nos laboratórios. Da falta de atenção dada à EDUCAÇÃO, aquela pela qual pais e professores são responsáveis. Lembram?
         Observem os vestibulares. Não existe mais procura pelos cursos de filosofia, sociologia, história, pedagogia, letras...

          Então... O que fazer? Parece contraditório, mas esta é uma resposta para as ciências HUMANAS. Sobreviveu na área? Você também tem responsabilidade. Tem coragem? Junte-se a nós. E como escreveu Rosana Hermann:

"Eu adoraria contar com todas as pessoas de bem, os irmãos de fé,
os companheiros de jornada, os camaradas de ideologia, os humanos de coração,
para um grande encontro de volta naquele velho ponto da bifurcação.
Onde um dia, alguém colocou uma flor no cano de uma carabina. "

"Humanos,uni-vos."
                                                   CARLA STOPA
                        

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Escrevência

Não poderia deixar de começar esse blog com um texto que fala sobre a minha necessidade e paixão pela escrita... Sobre a fascinaçao que ela exerce sobre mim.
É um fazer poético que me inquieta e por isso quero compartilhar, por isso cheguei aqui.
Ah, quero começar também agradecendo: Ju e Xexa... Meus incentivadores. AMO e ADMIRO.
Então vamos à escrita...Mesclar realidade com sonhos imaginados ou, quem sabe, apenas reinventados...
Cabe a vcs, leitores, decifrá-los.
Ou, não...kkkkkkkkkkkkkkk
ESCREVÊNCIA
Carla Stopa



Para escrever
Afronto o ponto
De partir do início do meu fim
E começo mesmo aqui.
Apago os contornos
E ultrapasso os limites
Dos olhos da inquisição.
Varo os umbrais da memória
E ultrajante, afronto a história.
Sonho os castelos e as masmorras
Da minha alma.
Aprisiono-me e liberto-me
Ao som dos pássaros que invento
Para me alegrar no dia triste.
Voo com as estrelas,
Sobrevoo os terreiros
De laranjais floridos
Com cheiros de flores e de ti.
Invento-te na intenção
de Pierrots e Arlequins.
E eu, Colombina,
de vestido de festa,
tomo-te meu
no jardim da casa do rei.
Ousadia!
No jardim da casa do rei?
E se ele vê?
Sem medo
Que os olhos do rei não entendem de alma.
Não podem ver-me a alma.
É nela que vivo imagens
Perfeitamente confiáveis
De amores e de toda ousadia sonhável...
E, além do mais tudo,
Em alma de poeta
Quem não deve não teme,
Pelo contrário,
Escreve...
Escrevência que não se contradiz jamais...
Porque poeta inventa,
Mente a dor
E  simula a intenção de alegria
Só pra não morrer de dor...
Nem de amor.

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