segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

PROMESSA CÚMPLICE

A saudade ensaia seu destino,
Vela atrás das portas...
É sabor que atormenta os lábios,
Cheiro que  atormenta  o corpo.
O futuro me espreita a cada manhã.
São desejos que evocam imagens do passado,
cristalizadas ao sabor do tempo
que escorrem por entre os sonhos
de possuir-te que ainda não esqueci.
O efêmero converte-se em eterno.
Não apenas os sabores fulgazes
que saboreei no tempo exato
de cada estação
e que ainda recobrem meu corpo ávido
 e alma inquieta.
Não apenas os odores das frestas
dos meus encantamentos e assombros
que entorpecem todos os meus sentidos,
numa sinestesia mágica de prazer e dor..
Distraída e desassossegada
sonho-te meu,
agarrando-me às lembranças atrevidas:
audácia e prazer.
Sonho-te meu
no afã da promessa cúmplice
e dos enigmas alados da saudade
que ainda não desvendei.

34 comentários:

  1. Saudade? Não fosse eu português será que sentia? rs. Um abraço.

    ResponderExcluir
  2. vc é uma poetisa *-*

    Escreve com tanta magia...

    Parabéns!

    beijos

    ResponderExcluir
  3. Muito lindo o teu poema, adorei e voce sempre deliciosa leitura, beijos !!

    Lápis

    Esse ensaio é destino
    Esta lá dentro acomodada
    Iluminada por velas
    Romântico e com sentimento
    A saudades da sede dos lábios
    A fortuna do teu belo olhar
    Das cores que nas pálpebras
    Você faz o lápis deslizar
    Evocam a libido e desejos
    Me faz cativo e sonhador
    Pois em ti quero muito o calor
    Da maciez da mão no rosto
    Reconhecendo minha geografia
    Fita e me deixa ser seu menina
    E que nossa sinergia flua
    E que os corpos juntos flutuam
    Sou atirado e muito safado
    Quero mais teu arfar e gemido
    Na hora que você acha agá
    Não embaça vem cá
    Beijar

    Ulisses Reis®
    07/02/2010

    Para Carla Stopa

    ResponderExcluir
  4. Já me custa comentar e dizer que gosto...

    Que hei-de fazer?

    ResponderExcluir
  5. Talvez seja necessário matar a saudade para que outras tantas saudades venham.

    T.

    ResponderExcluir
  6. E alguém conseguirá desvendar esse enigma que é a saudade???
    Beijo

    ResponderExcluir
  7. A saudade tece os fios do poema pela tua mão poetisa. Parabéns pelo texto. Descobri mais UM BLOG para nos deliciar: solarc leituras e escritas. Se tiver um tempinho visite. Beijos.

    ResponderExcluir
  8. saudade?
    em alguns momentos chego a crer que o seu sinónimo mais (que) perfeito seja "poesia", verdade?
    beijos!

    ResponderExcluir
  9. Bela sua poesia....

    "...numa sinestesia mágica de prazer e dor."

    maravilhosa!


    bjo!

    Zil

    ResponderExcluir
  10. Da saudade que não me dá sossego,
    deixo aqui os versos escritos sobre a lágrima que acabda de escorrer.
    Letras e saudades que são cachoeiras de emoção e do desejo que fica grudado no corpo

    Beijos

    ResponderExcluir
  11. Saudades c sabor de desejo... daí prazer e dor. Difícil desvendar a saudade do que se faz tão presente. Bjãoo.

    ResponderExcluir
  12. uma mestra das palavras... e tudo soa tão doce em vc.. bom dia, carlinha.

    ResponderExcluir
  13. Seu texto compactua a emoção causada no leitor.

    Meu beijooO*

    ResponderExcluir
  14. Oi Carla, desculpe-me a demora em vir visitá-la mas estou atravessando uma fase delicada de separação conjugal e o tempo está ainda mais escasso para resolver várias coisas. Grata por seu gentil comentário lá no Maria Clara... Bj e até a qualquer momento.

    ResponderExcluir
  15. Carla me indentifiquei muito com o trecho;

    "A saudade ensaia seu destino,
    Vela atrás das portas..."

    Coffesso que gostei muito do teu espaço e já estou seguindo, espero que me sigas tbm...

    http://eternizadoempalavras.blogspot.com

    Um abraço do Rafah!

    ResponderExcluir
  16. vela... qual me leva? qual me prende?

    ResponderExcluir
  17. Oi Carla,

    estamos passando pra divulgar a Tertúlia Pão de Queijo. Um local de encontro da literatura/poesia mineira na internet.

    Se achegue e seja bem-vinda!
    Abraços nossos.

    ResponderExcluir
  18. Carla Querida!

    Seu espaço é mágico! Escreves lindamente! Encantada!

    Grata por seguir-me e pela visita... fico para te seguir tbm!

    Beijos meus
    Com carinho
    Sil

    ResponderExcluir
  19. obrigado pela visita e palavras, carla!mas os silêncios, alguns são bons, este em questão é ruim.

    ResponderExcluir
  20. Oi Carla,
    Belos versos.

    Um ótimo dia para você,

    Aquele abraço!

    ResponderExcluir
  21. Intensa tua poesia! Lindos versos!
    Bjo e sorrisos, querida.

    ResponderExcluir
  22. Venha ver o teu poema:

    http://ulissesreis.blogspot.com/2011/02/lapis.html

    ResponderExcluir
  23. Quanta coisa bonita nos faz a saudade, mesmo que às vezes é melancólico ou até doída. Convenhamos… ela espreita o nosso coração e permite ler poesias lindas, veladas atrás das portas..

    Abraços

    ResponderExcluir
  24. A saudade nos ensina a recriar o amor e a pessoa amada: nesse ponto de tua poesia, ela ameaça mais do que acalenta... Belo poema! Abraço!

    ResponderExcluir
  25. Adoro ler suas escritas...

    Saudades aquela "coisa" que eu não quero pensar, mas não me sai do pensamento!

    Beijos!

    ResponderExcluir
  26. Olá, Carla!
    Entrei para conhecer seu blog e seu perfil e desejar-lhe um óptimo 2011. Você respira poesia, menina! Mas, por entre seus versos e seus romantismos, talvez tenha tempo para outros "voos" que não esses, mas também importantes... Gostará talvez de questionar o legado dos nossos antepassados. É que, há pouco mais de um mês que celebrámos o Natal e... sabia que o Natal não existe? Curioso, não é?
    Pois: o Natal foi inventado pela Igreja para “cristianizar” as festas pagãs em honra dos deuses solares, Mitra e outros, que se celebravam, por todo o império romano, ao redor do solstício de Inverno, como início do renascimento para uma vida nova, a da Primavera. Teve o seu aparecimento no s. IV, na Igreja Ocidental (25 de Dezembro – calendário Gregoriano) e no s. V na Oriental (7 de Janeiro – calendário Juliano). A narrativa do nascimento de Jesus de Mateus, ampliada por Lucas (nada sendo referido nem em Marcos nem em João), uma e outra são puras invenções sem qualquer credibilidade histórica nem qualquer verosimilhança (No inverno, os pastores não dormem ao relento...) Portanto, o Menino Jesus do catecismo não existiu. Muito menos o Deus Menino! E o mundo inteiro festeja algo de inexistente... Dá que pensar, não dá? (Ver mais no meu blog “Em nome da Ciência”, onde escrevo às segundas-feiras, e cujo acesso é: http://ohomemperdeuosseusmitos.blogspot.com)
    Agora, associando-me ao luto de nossos irmãos brasileiros e fazendo votos para que semelhantes tragédias não voltem a acontecer aí no país irmão, uma outra ideia: apesar das catástrofes que vão acontecendo pelo mundo, com muita probabilidade provocadas pelas alterações climáticas e ambientais devidas à acção do Homem, o mesmo Homem, através dos seus governos subjugados aos interesses económico-financeiros de alguns (5% da população mundial, isto é, os que detêm 95% da riqueza produzida à face da Terra), não vai pôr-lhe cobro; preferirá assistir a novas catástrofes em que, como de costume, os mais fracos e pobres são os que irão continuar a sofrer. Inutilmente! Há que lutar para mudar estes sistemas e estes modelos não só políticos mas também económico-financeiros. Como? – Ver no meu blog, sempre com novidades às segundas-feiras, “Ideias-Novas” cujo acesso é: http://ummundolideradopormulheres.blogspot.com
    Francisco Domingues

    ResponderExcluir
  27. Cheguei aqui através de se ter registado
    no meu blogue, o que agradeço.
    Foi um prazer conhecer o seu.
    Espero que seja um início de nos visitarmos.
    Tenho um blogue de poucos dias que é
    http://sinfoniaesol.wordepress.com
    Um beijinho e bom fim de semana.

    ResponderExcluir
  28. Todos já comentaram, então eu fico só contemplando esta beleza,
    beijos.

    ResponderExcluir
  29. UAU!Menina,que amor é esse? Fiquei até com calor do lado de cá :•) Desperdiça isso não. Essa capacidade toda de amar tem que ser saboreada, portanto deixa a saudade guardada e sai em busca de outro grande amor. Tere.

    ResponderExcluir
  30. Olá!
    O poeta tem o dom de nos acordar da inércia e dizer: olha eu pintei seu sentimento! Ainda dá tempo de pintar um quadro! Vem eu lhe ajudo! Venha andar comigo nas asas das letras poéticas! Vem descobrir um universo mesmo num momento de reverso!
    Você é assim! A partir do que sente nos leva a desbravar caminhos!
    Linda sua escrita!
    Eu entro aqui e saio diferente! Saio mais feliz!

    ResponderExcluir
  31. Carla...

    Quando leio teus escritos, por muitas vezes fico com a respiração suspensa...quanta intensidade!!!!

    Quanto a saudades, lembrei de Rubem Alves:

    "Saudades é a nossa alma dizendo para onde quer voltar"

    Bjs

    =)

    ResponderExcluir

Cola sua ESCREVÊNCIA na minha...Eu junto tudo e a gente faz uma canção...
Juntos, os nossos sonhos de ESCREVÊNCIA podem ser maiores...

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Leia mais...