
Metal perfurando tímpanos...
Som frio de relógio...
O tempo ensurdecendo
minha percepção ávida
noite afora...
Vai-se o tempo que pare agonia...
Nasce e vinga.
Vinga uma vingança fria,
comida fria,
fria camuflagem de saudade.
Corrói vida em meia morte...
Ausência cintilante predadora de mim...
Saudade que vinga, que medra,
que brota das presas prenhas
de ser o outro lado
do lado prisão...
O lado ferida de coração,
tumor de alma, decomposição...
Brota do outro lado
de ver liberdade e amplidão...
Meia vida. Solidão...
Meia morte...Por opção?